.O jovem de 21
anos veste uniforme da usina de Belo Monte pela primeira vez. Está eufórico com
o primeiro emprego. Já o maranhense, pai de cinco filhos, está há oito dias na
cidade e ainda não conseguiu trabalho.A usina de Belo Monte traz alegria
e também muita preocupação para Altamira, no sudoeste do Pará. Nós chegamos na
noite desta quarta-feira (4) e fomos direto para a rodoviária da cidade. Lá,
encontramos, em redes, em um abrigo improvisado, alguns dos trabalhadores que
chegam em busca de oportunidade, sem dinheiro nem para uma vaga de hotel.“Eu
vim atrás de trabalho. Está todo mundo falando que tem”, diz um homem.De
manhã cedo voltamos à rodoviária. Encontramos muitos trabalhadores que já estavam
de partida para a usina. Eles vêm de toda parte. Mas nem todos conseguiram
trabalho. Muitos passam dias na praça à procura de serviço. Em um lado da rua,
ficam os trabalhadores ainda desempregados.A usina de Belo Monte está
bem no início das obras. Atualmente, são nove mil trabalhadores. O pico será em
2013, quando serão 20 mil operários. Por isso, não para de chegar gente. Uma
multidão ocupa a porta do principal ponto de contratação. Mas, pelas histórias
que se ouve, a esperança parece maior do que o número de vagas. Um homem diz
que está há meses esperando.Mas só tinha vaga para uma função:
motorista. Ao todo, 22 motoristas se apresentaram. Do lado de fora, João
Jailson vai continuar a espera. “Vou continuar, não tenho como voltar”, afirma.A
direção do consórcio diz que a prioridade é para contratar trabalhadores
locais. Uma forma de compensar os problemas que a usina traz para a cidade. Os
aluguéis dispararam. Uma casa que custava R$ 500 por mês em março, agora é
alugada por R$ 2,5 mil. Bom para os donos.“Eles acham que todas as
pessoas estão com dinheiro”, afirma uma mulher.Há reclamação sobre o
aumento da criminalidade. O farmacêutico Francisco Ricardo já foi assaltado
nove vezes. Na última, foi baleado. “Dá para perceber que são pessoas que nunca
vimos”, conta.“Devido ao aumento da população, com certeza algumas
pessoas vêm com intenções negativas, visando o aumento do tráfico”, avalia
Cristiano Marcel, superintendente de Polícia.Na única emergência pública
da cidade, a superlotação é evidente. A acompanhante de uma paciente com
suspeita de dengue diz que foi difícil conseguir atendimento.“A cidade
não tinha preparo nem para as pessoas que moravam aqui. Como vai ser com esse
aumento populacional?”, questiona a bióloga Elisane Unian.“O movimento
aumentou 80%”, revela Arlinda de Sousa, diretora do hospital.
.A cidade de Altamira e a usina de Belo Monte estão agora unidas para sempre, e vão precisar se entender.A prefeitura informou que vai pedir ao Exército a instalação de um hospital de campanha para aliviar o atendimento. Sobre a questão da criminalidade, a Secretaria de Segurança do Pará declarou que vai contratar mais policiais para todo o estado. Nesta quarta, o Jornal Nacional mostrou a situação de lugares perto das usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. A empresa que administra Santo Antônio informou que já tomou as providências para evitar que a água do Rio Madeira invada terrenos. E o efetivo da Força Nacional de Segurança foi reforçado em Jirau.
.A cidade de Altamira e a usina de Belo Monte estão agora unidas para sempre, e vão precisar se entender.A prefeitura informou que vai pedir ao Exército a instalação de um hospital de campanha para aliviar o atendimento. Sobre a questão da criminalidade, a Secretaria de Segurança do Pará declarou que vai contratar mais policiais para todo o estado. Nesta quarta, o Jornal Nacional mostrou a situação de lugares perto das usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. A empresa que administra Santo Antônio informou que já tomou as providências para evitar que a água do Rio Madeira invada terrenos. E o efetivo da Força Nacional de Segurança foi reforçado em Jirau.
Fonte : G1
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