Tráficos de pessoas, tráfico de seres humanos ou, simplesmente TSH é um
tipo de tráfico com o objetivo de transferir pessoas de um lugar a
outro, dentro do país ou não. Pode acontecer tanto legal, como ilegalmente.
Atualmente no Brasil, o tráfico de pessoas é maior fonte de renda com tráficos, Superando o tráfico de drogas e do tráfico
de armas movimentando, aproximadamente, 32 bilhões de dólares
por ano, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC) A definição
aceita internacionalmente para tráfico de pessoas encontra-se no Protocolo
Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional
relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de
Mulheres e Crianças (Palermo, 2000), instrumento já ratificado pelo governo
brasileiro. Segundo o referido Protocolo, a expressão tráfico de pessoas
significa:“O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o
acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas
de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação
de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para
obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins
de exploração.”Na maioria das vezes mulheres e crianças, são levadas para fora
do país, aonde são prostituídas, violentadas e vendidas por preços altos.A face
mais visível do problema é o turismo sexual e o embarque de mulheres dos países
de origem para os países receptores em busca de oportunidades de trabalho em
casas noturnas e boates.E também, a venda de órgãos, adoção ilegal, pornografia
infantil,às formas ilegais de imigração com vistas à exploração do trabalho em
condições análogas à escravidão, ao contrabando de mercadorias, ao contrabando
de armas e ao tráfico de drogas.Em todo o mundo, aproximadamente
2,5 milhões de pessoas – homens, mulheres e crianças – são vítimas de tráfico
humano. E, segundo o Informe Global da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), pelo menos um terço dessas pessoas são vítimas de tráfico por motivos
econômicos. A exploração sexual, portanto, não explicaria por completo o
problema, apesar de ser responsável por uma grande parte dos casos.
A redução das oportunidades de
trabalho em países pobres somando-se ao aumento da aspiração de consumo das
populações têm tornado cada vez mais tentadora a migração para países ricos ou
mais desenvolvidos, alerta a OIT. Segundo a entidade, existe uma demanda permanente
de mão-de-obra disposta a aceitar postos de trabalho pouco seguros, de baixa
remuneração
A OIT produziu uma pesquisa com
300 pessoas, vítimas de trabalhos forçosos, que haviam migrado de países do
leste europeu - Albânia, República de Moldova, Romênia e Ucrânia – para nações
como Alemanha, França, Japão, Hungria e Reino Unido. O trabalho forçado
predomina nos setores em que existem muitas relações informais de trabalho.
Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados haviam sido submetidos a coação em
setores como trabalho doméstico, nas pequenas indústrias e restaurantes e na
produção de alimentos.
Ainda segundo a pesquisa, 23% dos
entrevistados foram obrigados a se prostituírem. Outros 21% dos que migraram do
Leste Europeu tiveram como destino o setor da construção civil e 13% a
agricultura.
Na avaliação da OIT, a falta de
informações sobre a oferta de trabalho no estrangeiro e o fato de que os
imigrantes dependem de intermediários são fatores importantes que levam ao
trabalho forçoso. "Imigrantes que conseguem obter êxito recorrem
normalmente mais a meios legais ou a pessoas de confiança, enquanto que a
maioria das vítimas de trabalho forçoso cai nas garras de intermediários que se
aproveitam da ignorância dos migrantes", diz o Informe Global.
Uma informação preocupante divulgada
pelo documento é de que a exploração dos imigrantes contagie também as grandes
empresas e o setor público. Segundo a OIT, trabalhadores são recrutados em seus
países de origem com a promessa de que vão ter um emprego no país de destino,
mas os contratos de trabalho estabelecem condições completamente diferentes. Os
trabalhadores se endividam no processo de recrutamento, com as despesas da
viagem, com a obtenção do visto, com aluguel, e quando recebem o salário,
não conseguem pagar as dívidas, ficando reféns dos exploradores.
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