A água é fonte da vida. Não
importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para
viver. No entanto, por maior que seja a importância da água, as pessoas
continuam poluindo os rios e suas nascentes, esquecendo o quanto ela é
essencial para nossas vidas.
A água é, provavelmente o único
recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana,
desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e
religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como
componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies
vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais
e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário.
Segundo estatísticas, 70% do
planeta é constituído de água, sendo que somente 3% são de água doce e, desse
total, 98% está de água subterrânea. Isto quer dizer que a maior parte da água
disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água
existente na nossa Terra. Nas sociedades modernas, a busca do conforto implica
necessariamente em um aumento considerável das necessidades diárias de água.
Os recursos hídricos têm profunda
importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. Em relação à
produção agrícola, a água pode representar até 90% da composição física das
plantas. A falta d'água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir
lavouras e até ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se
obter diversos produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes
superiores ao volume produzido.
Observando os dados abaixo,
percebemos que precisamos começar a utilizar a água de forma prudente e
racional, evitando o desperdício e a poluição, pois:
- Um sexto da população mundial,
mais de um bilhão de pessoas, não têm acesso a água potável;
- 40% dos habitantes do planeta
(2.400 milhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico;
- Cerca de 6 mil crianças morrem
diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a um saneamento e
higiene deficientes;
- Segundo a ONU, até 2025, se os
atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão
sofrer escassez moderada ou grave de água.
A ÁGUA NO MUNDO
No dia 22 de março, é comemorado
o dia mundial da água. Se hoje os países lutam por petróleo, não está longe o
dia em que a água será devidamente reconhecida como o bem mais precioso da
humanidade.
A Terra possui 1,4 milhões de
quilômetros cúbicos de água, mas apenas 2,5% desse total é doce. Os rios, lagos
e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só correspondem a
0,26% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos.
Em todo mundo, 10% da utilização da água vai para o abastecimento público, 23%
para a indústria e 67% para a agricultura.
A água doce utilizada pelo homem
vem das represas, rios, lagos, açudes, reservas subterrâneas e em certos casos
do mar (após um processo chamado dessalinização). A água para o consumo é
armazenada em reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes
tanques e caixas d'água de casas e edifícios. Após o uso, a água segue pela
rede de captação de esgotos. Antes de voltar à natureza, ela deve ser novamente
tratada, para evitar a contaminação de rios e reservatórios.
A ÁGUA NO BRASIL
O Brasil é um país privilegiado
no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da
Terra, ou seja 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em
todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a
maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do
globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Ao mesmo tempo, é
também uma das regiões menos habitadas do Brasil.
Em contrapartida, as maiores
concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos
grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior
problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos
tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros
urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da
escassez de água nestas cidades.
Além disso, os rios e lagos
brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível
para captação e tratamento. Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo,
rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo
mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos
campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é
causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios
como convenientes transportadores de lixo.
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